A fabricante de chipsets para smartphones e equipamentos de telecomunicações Qualcomm está pedindo ajuda a seus acionistas para evitar uma aquisição hostil por parte da Broadcom.
Na visão do conselho atual da Qualcomm, a proposta de compra desvaloriza consideravelmente a empresa e não representa o interesse dos acionistas. A fabricante de chipsets já recusou uma oferta de US$ 130 bilhões da Broadcom, que segue insistindo na transação.
Para aumentar a pressão, os executivos da Broadcom lançaram a candidatura de 11 membros para o conselho de diretores da Qualcomm. Segundo a fabricante, porém, essas pessoas não teriam a experiência necessária para controlar “uma das maiores e mais complexas companhias de tecnologia do mundo”.
Por isso, a companhia está pedindo para que seus acionistas não votem nos executivos indicados pela Broadcom. A proposta será analisada pelos donos de ações da companhia em março de 2018, durante a reunião anual da Qualcomm.
Outro argumento por parte da Qualcomm é o de que a aquisição por parte da Broadcom iria demorar muito tempo para ter chances de resultar numa possível valorização da empresa. Isso porque é provável que leve 18 meses ou mais para que a oferta seja avaliada pelas organizações anti-truste de diversos países.
A Broadcom é uma companhia dos EUA criada inicialmente como uma divisão de produção da Hewlett-Packard (HP) em 1961. Atualmente ela tem sedes em Cingapura e em San Jose, na Califórnia. A empresa trabalha na área de semicondutores, com o projeto, desenvolvimento e fornecimento de tecnologias digitais e analógicas.
Clique aqui para conferir o vídeo (em inglês) com a justificativa dos executivos da Qualcomm. A empresa ainda divulgou um PDF (também em inglês) com uma apresentação para seus investidores.
Via: PR Newswire, Mobile World Live, Ny Times
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