
A Sony apresentou o Lytia 901, primeiro sensor de 200 megapixels da marca dedicado ao mercado mobile. A novidade chega em um momento de disputa intensa entre fabricantes de componentes e mira dispositivos premium que devem ser lançados já no início de 2026.
O diferencial está menos no número bruto de pixels e mais no conjunto de tecnologias que a empresa integrou diretamente no chip para ampliar zoom, faixa dinâmica e precisão de detalhes.
O que muda com os 200 MP da Sony?
O Lytia 901 adota um formato de 1/1,12 polegada, medida consideravelmente ampla para sensores móveis. Em termos práticos, isso o coloca acima de concorrentes diretos como o ISOCELL HP2 usado no Galaxy S25 Ultra e acima do recém-anunciado ISOCELL HP5, ambos da Samsung.
A resolução de 200 MP é organizada sobre pixels de 0,7 μm, que trabalham no padrão Quad-Quad Bayer Coding (QQBC). Nesse arranjo, grupos de 16 subpixels de mesma cor funcionam como um único pixel lógico em cenas de baixa luminosidade, ampliando a sensibilidade à luz.

Quando o objetivo é ampliar a imagem, esses blocos voltam ao formato tradicional para preservar nitidez.
O processamento baseado em IA embarcada permite recuperar padrões finos e legibilidade de elementos minúsculos mesmo em ampliações altas
Zoom sem perdas: como funciona o sistema da Sony
O recurso que mais chama atenção é o Zoom In-Sensor (ISZ), que promete aproximações de 4x com aparência óptica, mesmo usando apenas uma lente. Isso se deve à combinação de três fatores:
- Resolução alta possibilita recortes maiores sem degradação evidente
- Remosaicing baseado em IA reorganiza o mosaico de cor para recuperar detalhes
- Circuitos internos dedicados aceleram o cálculo e reduzem ruídos de reconstrução

O resultado pretendido é um zoom de longa distância em uma única câmera para modelos que querem evitar múltiplos sensores no módulo traseiro.

HDR de nova geração para alcançar até 100 dB
O Lytia 901 incorpora três tecnologias complementares para expandir o alcance dinâmico:
- DCG-HDR combina leituras de ganho baixo e alto em um único quadro
- Fine12bit ADC aumenta a profundidade de quantização de 10 para 12 bits
- HF-HDR soma quadros de curta exposição aos dados anteriores para preservar luz e sombra

Com essas abordagens, o sensor chega a 100 dB de alcance dinâmico, faixa que aproxima a captura do comportamento da visão humana ao lidar com áreas muito claras e muito escuras simultaneamente.
O processamento em 12 bits deve beneficiar também o zoom de 4x, que tende a gerar mais contraste em recortes.
Recursos de vídeo e captura contínua
O componente grava:
- 8K a 30 fps
- 4K a 120 fps
- 4K a 30 fps com zoom de hardware 4x ativo
- RAW de 200 MP a 10 fps
- Bursts de 12,5 MP a 60 fps e de 50 MP a 30 fps
As taxas sugerem que a Sony está mirando também gravações de alta velocidade e fotografias esportivas, perfis nos quais o algoritmo interno pode ajudar a reduzir borrões e reconstruir texturas.
Como o Lytia 901 foi desenhado
O sensor usa arquitetura empilhada, que separa fotodiodos da área lógica. Isso abre espaço para incluir: circuitos dedicados à IA, remosaicing acelerado, processamento em alta frequência e controle refinado dos modos de binning.
Tal camada de inteligência integrada tem sido uma tendência crescente em sensores mobile, mas o 901 leva isso a um passo adiante ao mover parte do pipeline de imagem diretamente para o hardware.
Ficha técnica do sensor Sony Lytia 901 (200 MP)
| Categoria | Especificação |
|---|---|
| Modelo | Lytia 901 |
| Tamanho do sensor | 1/1.12″ (14,287 mm de diagonal) |
| Resolução efetiva | Aproximadamente 200 megapixels |
| Tamanho do pixel | 0,7 μm × 0,7 μm |
| Filtro de cor | Quad Quad Bayer Coding (QQBC) |
| Modo / Resolução | Taxa máxima (all-pixel AF) |
|---|---|
| 200 MP (4:3) | 10 fps (RAW completo) |
| 50 MP (4:3) | 30 fps (binning 2×2) |
| 12,5 MP (4:3) | 60 fps (crop 2×2; AD12 split-HDR; binning 4×4; DCG-HDR ou LBMF) |
| 8K4K (16:9) | 30 fps (binning 2×2) |
| 4K2K (16:9) | 120 fps (binning 4×4) |
| Categoria | Especificação |
|---|---|
| Alimentação analógica | 2,8 V / 1,8 V |
| Alimentação digital | 0,82 V |
| Tensão de interface | 1,8 V ou 1,2 V |
| Interface de saída | MIPI C-PHY (2/3 trios, até 6,0 Gsps/trio) / MIPI D-PHY (2/4 lanes, até 2,5 Gbps/lane) |
Quais celulares devem receber o novo sensor
A Sony informou que o Lytia 901 entrou em produção em novembro de 2025 e já está sendo enviado às fabricantes. Rumores apontam que os primeiros modelos equipados com o sensor devem incluir OPPO Find X9 Ultra, vivo X300 Ultra e Xiaomi 17 Ultra.
O uso em aparelhos topo de linha sugere que a tecnologia chegará ao consumidor já no início de 2026.
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Nova geração com alta densidade de pixels e zoom potente
O lançamento do Lytia 901 indica uma transição para sensores mais autônomos, que processam parte da imagem antes mesmo de chegar ao processador principal do smartphone. A mudança deve abrir espaço para câmeras com menos lentes e mais eficiência, algo que redesenha o caminho da fotografia mobile.
Se as fabricantes conseguirem integrar esse sensor a sistemas computacionais modernos, veremos smartphones produzindo zoom limpo sem múltiplas câmeras, HDR mais consistente e vídeos com mais gradações de cor.
Em um mercado acostumado a incrementos graduais, essa pode ser a virada que altera tanto design de módulos quanto a experiência cotidiana de fotografar.
Fonte: Sony
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