A Uber anunciou uma nova iniciativa para premiar seus motoristas mais dedicados no programa Uber Pro. Chamada de “Missão Diamante”, essa ação oferecerá um pagamento de R$ 1 mil aos motoristas que atingirem o nível ‘diamante’ no programa. A iniciativa tem como objetivo incentivar os motoristas a aumentar o número de corridas aceitas e a melhorar a qualidade do serviço prestado aos usuários.
Para ser elegível à “Missão Diamante”, os motoristas da Uber devem cumprir diversos critérios rigorosos. Eles precisam ter somado pelo menos 1,5 mil pontos entre julho e setembro, com pontos sendo atribuídos a cada viagem realizada. Além disso, devem manter uma taxa de aceitação de viagens de, no mínimo, 60%, um índice de cancelamentos de até 10%, e uma média de avaliação dos usuários acima de 4,85 estrelas.
A Uber lançou essa ação em julho em algumas capitais do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém. A promoção está programada para continuar até 30 de junho de 2024, com pagamentos ao final de cada trimestre.
O pagamento de outubro representa o primeiro trimestre da promoção, abrangendo o período de julho a setembro. No entanto, cada motorista só pode receber essa premiação uma única vez enquanto a ação estiver em vigor, e o pagamento estará sujeito ao cumprimento de todas as regras, termos e condições do aplicativo.
A Uber ressalta que o valor do pagamento pode variar e os motoristas podem verificar o valor exato que receberão ao final do último trimestre da promoção.
Motoristas criticam ação da Uber
No entanto, a iniciativa não está isenta de críticas. A Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) alega que os esforços e custos exigidos dos motoristas não tornam os R$ 1.000 vantajosos. Para Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp, essa promoção explora a vulnerabilidade dos motoristas devido às tarifas baixas praticadas pela Uber e incentiva os motoristas a aceitarem todas as corridas, mesmo que não sejam rentáveis.
Motoristas como Marcos Roberto, que atua em São Paulo, também expressam preocupações com a promoção. Ele argumenta que, devido aos congestionamentos na cidade, se tornar um motorista ‘diamante’ pode não ser viável, já que aceitar todas as corridas pode resultar em prejuízo devido ao desgaste do veículo e aos altos custos com combustível.
Eduardo Lima de Souza sugere que a Uber poderia adotar medidas mais eficazes para valorizar seus motoristas, como o reajuste das tarifas congeladas desde 2016, o acompanhamento da inflação e do aumento dos preços dos combustíveis, a redução e a fixação das taxas de cobrança, e a ampliação da cobertura do seguro.
A Uber, por sua vez, afirma que os critérios da promoção são objetivos e que todos os motoristas que atenderem às metas estabelecidas receberão os pagamentos conforme anunciado. A empresa busca, com a “Missão Diamante”, reconhecer e recompensar a dedicação e o bom desempenho de seus parceiros de serviço, incentivando uma experiência positiva para os usuários do aplicativo.
Fonte: Folha de S.Paulo
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