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NASA quer recriar missão Apollo 12 para previnir riscos de uma nova missão à Lua

NASA fez uso de supercomputadores para recriar a missão para a Lua e compreender novos riscos que podem ser evitados em missões futuras

NASA quer recriar missão Apollo 12 para previnir riscos de uma nova missão à Lua
Créditos: Divulgação/NASA

A NASA fez uso de supercomputadores para simular o pouso do Apollo 12 na Lua, revelando detalhes cruciais que podem auxiliar em novas missões para o satélite natural da Terra. A iniciativa parte dos preparativos para as futuras missões Artemis e são vistas como fundamentais para o planejamento de missões tripuladas.

Pesquisadores do Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, conduziram as simulações. Eles se concentraram nas interações entre os jatos supersônicos de gases quentes, emitidos pelos motores das espaçonaves durante os pousos e decolagens, e a superfície lunar. Essas interações, conhecidas como interações de pluma-superfície (PSI) são vistas como extremamente complexas.

NASA quer minimizar riscos para futuras missões tripuladas

As simulações revelaram que, durante o pouso do Apollo 12 em novembro de 1969, os jatos dos motores interagiram com a superfície lunar de maneira a criar padrões de estresse lateral. Esses padrões, visualizados em uma animação, mostram um aumento rápido no estresse exercido sobre a superfície lunar, o que pode levantar a regolite lunar – uma camada de poeira e rochas finas.

Foto: Divulgação/NASA

Essa elevação de regolite pode gerar diversos riscos, como obstrução visual, nuvens de poeira que interferem na navegação e nos instrumentos científicos, além de possíveis danos à espaçonave e a outras estruturas próximas. A erosão da superfície lunar sob a espaçonave também é uma preocupação significativa, destacada pelas simulações.

O programa Artemis da NASA visa estabelecer uma presença humana sustentável na Lua, explorando mais do que nunca a superfície lunar. Isso implica o uso de espaçonaves maiores e mais potentes do que as utilizadas nas missões Apollo. As simulações indicam que essas novas espaçonaves podem interagir de forma diferente com a superfície lunar, potencialmente causando crateras nas zonas de pouso.

Essas descobertas são cruciais para os planejadores de missão da NASA, que precisam entender como as futuras espaçonaves interagirão com a superfície lunar em paisagens lunares inexploradas. As simulações computadorizadas fornecem dados valiosos para prever as interações PSI em missões futuras, ajudando a minimizar os riscos para as espaçonaves e suas tripulações.

Via: Space