Após sete anos de preparação e um investimento de cerca de US$ 1 bilhão, a NASA finalmente trouxe para a Terra amostras do asteroide Bennu. A cápsula com os o exemplar pousou com sucesso no deserto de Utah, nos Estados Unidos. Este é o maior conjunto de material extraterrestre coletado pela agência espacial desde as missões Apollo à Lua.
A cápsula foi rapidamente transportada para uma sala limpa temporária no campo de testes de Utah. Lá, ela foi selada em uma atmosfera de nitrogênio para evitar contaminação. A amostra, que pesa cerca de 250 gramas, será enviada para o Johnson Space Center da NASA em Houston para análises adicionais.
A missão OSIRIS-REx da NASA passou dois anos orbitando Bennu, um asteroide rico em carbono próximo à Terra. A amostra foi coletada em outubro de 2020, e a cápsula levou três anos para se alinhar com a órbita da Terra e retornar. A amostra pode oferecer novas percepções sobre o sistema solar primitivo e como a Terra se tornou habitável.
A amostra de Bennu é considerada uma das mais antigas e intocadas que os cientistas terão à disposição. Ela poderá ajudar a entender a formação planetária e a origem de compostos orgânicos e água que levaram à vida na Terra. Além disso, a amostra pode fornecer informações sobre asteroides potencialmente perigosos.
Bennu pode trazer perigo para a Terra
A missão também tem implicações para a segurança da Terra. Bennu é classificado como um asteroide potencialmente perigoso, e o estudo da amostra pode ajudar a entender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar nosso planeta. A NASA já realizou testes bem-sucedidos para desviar a trajetória de um asteroide.
A equipe da missão é composta por mais de 200 pessoas espalhadas por quatro continentes. Eles estão prontos para analisar a amostra em detalhes, usando técnicas que podem capturar todos os 20 aminoácidos necessários para a vida. A análise também buscará moléculas orgânicas mais complexas, como peptídeos e açúcares.
A missão OSIRIS-REx não terminou com a entrega das amostras. A espaçonave já começou a traçar uma trajetória para visitar e orbitar o asteroide Apophis em 2029, logo após o asteroide fazer uma passagem próxima à Terra. No entanto, o foco principal dos cientistas continua sendo as amostras de Bennu.
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