O telescópio Hubble, da NASA, investiga o espaço desde o ano de 1990. Há mais de 30 anos da órbita da Terra, o telescópio não é tão potente quanto o James Webb, mas ainda consegue capturar imagens interessantes do espaço. Na última semana, por exemplo, a NASA divulgou novas imagens de Urano, mostrando o planeta com cores pálidas enquanto experimenta mudanças sazonais.
Cientistas criam nova teoria sobre misterioso objeto
interestelar que passou pela Terra em 2017
Segundo os cientistas, Urano demora cerca de 84 anos para completar uma órbita ao redor do Sol. Por isso, as estações do planeta mudam lentamente e podem ser acompanhadas pelos registros realizados pelo Telescópio Hubble. A inclinação do planeta em relação ao Sol, faz com que as mudanças sejam bem drásticas, apesar de lentas. A Agência Espacial Americana divulgou duas imagens, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), onde podemos ver com clareza as alterações na atmosfera do pálido planeta azul.
Atmosfera do planeta muda conforme a estação
A primeira imagem foi registrada pelo Hubble em 2014, sete anos após o planeta experimentar o equinócio de primavera no hemisfério norte. Como podemos ver (no lado esquerdo – 2014), a tonalidade de Urano é de azul claro, com tempestades de cristais de gelo de metano acontecendo no hemisfério norte. Os anéis do planeta também estavam começando a se abrir.
Já na segunda imagem (lado direito – 2022), o planeta possui uma espécie de névoa sobre o hemisfério norte. A equipe de pesquisadores da NASA e ESA afirmam que o evento é causado por uma névoa fotoquímica, indicando o polo norte de Urano. O anel de Urano também se encontra em uma posição completamente diferente, estando totalmente aberto. Urano ainda esconde muitos mistérios, que intrigam os cientistas. Será necessário o envio de sondas até o planeta para que ele possa ser melhor estudado, mas isso ainda deve demorar bastante tempo até acontecer.
Por enquanto, a missão Return To Venus da NASA – que busca levar uma sonda até o planeta, para estudar sua composição – encara algumas dificuldades. Tudo leva a crer que os pesquisadores precisarão se contentar com as imagens difusas capturadas pelos telescópios, e tentar desvendar os mistérios do local com poucos dados. Até lá, o Hubble continua se mostrando imprescindível no estudo do nosso sistema solar.
Via: BGR
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