A World Press Photo selecionou como Fotografia do Ano a imagem de uma mulher grávida ferida sendo retirada de uma maternidade atacada em Mariupol, na Ucrânia, capturada por Evgeniy Maloletka. A foto chocante e trágica, feita em março de 2022, mostra a devastação da guerra e os efeitos horríveis que ela pode ter sobre as vidas das pessoas inocentes.
“Para mim, é um momento que o tempo todo quero esquecer, mas não consigo. A história sempre ficará comigo. É importante que todas as fotos que fizemos em Mariupol se tornem evidências de um crime de guerra contra os ucranianos”, disse Maloletka.
A premiação anunciou nesta quinta-feira os quatro vencedores globais, considerados os melhores e mais importantes registros do ano. Segundo a organização, as fotos escolhidas ajudam a manter a tradição do poder da fotografia em mostrar a universalidade do ser humano.
Veja outros vencedores
A imagem “O Preço da Paz no Afeganistão”, do fotógrafo Mads Nissen, foi escolhida como a vencedora da categoria de História do Ano do World Press Photo. A fotografia destaca a luta de Khalil Ahmad, um jovem afegão que vendeu um rim para ajudar seus pais a comprarem alimentos. Após a cirurgia, Khalil sofre de dores crônicas e não pode mais praticar os esportes que amava.
Anush Babajanyan, da Armênia, foi premiada na categoria “Projeto a Longo Prazo” do World Press Photo, com a série “Águas Agredidas”, na qual documenta a crise hídrica na Ásia Central. As fotos mostram a situação do rio Amu Darya, no Uzbequistão, cujo nível de água diminuiu drasticamente, deixando-a com uma cor vermelha escura, refletindo a grave escassez de água.
Mohamed Mahdy, do Egito, ganhou na categoria “Formato Aberto” do World Press Photo com o projeto “Aqui, as portas não me conhecem”. O projeto usa imagens encontradas e fotografia do próprio artista para apresentar um “elegia e um modo de vida comum sobre o desaparecimento”.
Em 2021, a World Press Photo selecionou uma imagem emocionante feita em São Paulo como a Foto do Ano. O registro de Mads Nissen mostrava o momento em que Rosa Luzia Lunardi, uma senhora de 85 anos, recebia um abraço de sua enfermeira após cinco meses de isolamento social devido à pandemia de coronavírus.
Via: O Globo
Via: O Globo
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