Entidades que representam o varejo nacional lançaram nesta terça-feira (21) uma campanha chamada “Parcelo Sim!”.
A ação visa defender o parcelamento sem juros para compras realizadas através do cartão de crédito.
Campanha “Parcelo Sim!”
O “Parcelo Sim!” é idealizado por um movimento apartidário que resolveu se reunir após as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, onde ele defendia que o parcelamento sem juros no cartão de crédito fosse limitado a 12 prestações.
De acordo com as associações envolvidas na campanha, essa modalidade é usada por 75% da população e por 90% dos varejistas. Caso haja a taxação, é estimado que 42% dos brasileiros devem reduzir seus gastos pela metade. Confira abaixo a declaração que consta no site da campanha:
“O Parcelado Sem Juros (PSJ) do cartão de crédito é uma das mais importantes ferramentas de concessão de crédito do Brasil. Ele ajuda 200 milhões de brasileiros todos os dias: quem precisa trocar o smartphone por um modelo novo para trabalhar, quem precisa comprar móveis e eletrodomésticos novos depois de um imprevisto, quem tem o sonho de dar uma TV nova para a família. Mas não é só isso. Muita gente usa o Parcelado Sem Juros para comprar remédios, uma necessidade que não pode ser adiada. Tem gente que parcela a compra do mercado para levar comida para casa. O PSJ é uma conquista dos brasileiros e faz parte do nosso dia a dia.”
Segundo representantes do setor bancário, a atual modalidade de parcelamento é responsável pela alta taxa de juros do cartão de crédito. Para eles é necessário que exista uma diferenciação de acordo com o produto, os colocando em categorias progressivas, com bens semiduráveis (roupas ou eletrônicos) sendo vendidos com número menor de parcelas e bens duráveis, como geladeiras e ar-condicionados, podendo ter um número maior de parcelas. Assim, de acordo com eles, “se o cliente paga em 10 vezes, a taxa é maior. Quando ele paga em seis vezes, o juros é menor, algo semelhante a uma “escadinha”.
Esse embate acontece em meio ao debate sobre a possível extinção do crédito rotativo do cartão, modalidade em que o consumidor liquida apenas parte da fatura até a data de vencimento. Até agosto deste ano, a taxa média de juros cobrada pelos bancos nestas operações foi de 445,7% ao ano. Representantes do governo federal acreditam que o fim do rotativo não irão reduzir as taxas de juros
Essas discussões estão acontecendo em meio ao debate sobre à provável extinção do crédito rotativo do cartão, que é acionado toda vez que o consumidor paga apenas uma parte da fatura até a data de vencimento. A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo ficou em 445,7% ao ano em agosto.
No entanto, representantes do governo federal acreditam que o fim do rotativo não deve reduzir as taxas de juros: “Com o fim do rotativo, o cliente seria direcionado a um sistema de parcelamento mais “acessível”, mas há muita desconfiança da proposta dos bancos.”
A ideia do movimento é pressionar o governo contra a mudança. Para eles o parcelamento sem juros é um pilar essencial do comércio, e as mudanças propostas podem afetar o bom funcionamento estabelecido até então.
As entidades que fazem parte do movimento são: Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos); Associação Brasileira de Academias (Acad); Associação de Lojistas do Brás (Alobras); Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL); Fecomercio-SP; Parcele na Hora; Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).
FONTE: Parcelo Sim
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