Um grupo de escritores que inclui nomes que são fenômeno de vendas abriu um processo judicial contra a OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT — talvez a inteligência artificial (IA) mais popular da atualidade.
Alguns dos responsáveis pela ação fazem parte da Authors Guild, um sindicato de escritores que realiza ações conjuntas e representa diferentes nomes na indústria. A acusação é de que a empresa violou direitos autorais.
Também fazem parte da lista os escritores George R. R. Martin (de Crônicas de Gelo e Fogo, mais conhecida hoje como Game of Thrones), Sylvia Day (Toda Sua), John Grisham (O Dossiê Pelicano, A Firma) e Jonathan Franzen (As Correções), entre outros profissionais da área que atuam nos mais diferentes gêneros literários.
Por que o ChatGPT foi processado?
A acusação é de que a OpenAI treinou o modelo de linguagem do ChatGPT com obras inteiras desses escritores sem qualquer tipo de autorização ou pagamento por direitos autorais aos responsáveis.
Como resultado, o chatbot agora seria capaz de gerar “de forma automática e gratuita ou muito barata” textos derivados que são muito parecidos com o estilo e os universos desses autores, inclusive resumindo ou imitando livros. A principal crítica é que o ChatGPT poderia ser treinado apenas com obras de domínio público, mas a equipe responsável pela alimentação da base de dados teria ultrapassado essa linha.
Há algumas semanas, um projeto independente pediu ao ChatGPT para finalizar a saga de livros Game of Thrones — mais especificamente, os títulos Os Ventos do Inverno e Um Sonho de Primavera — antes do autor original, disponibilizando o trabalho de graça para o público.
Essa não é a primeira vez que a OpenAI é processada pelo mesmo motivo, mas o envolvimento de nomes de peso da literatura contemporânea trazem uma importância ainda maior para essa ação. Até o momento, a empresa não se manifestou sobre o caso.
O processo foi registrado em um distrito de Nova York e ainda não há data para julgamento, mas os advogados estão em busca de uma ação conjunta contra a empresa.
Fonte: The Verge, CourtListener
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