Além de trazer felicidade para os seus usuários, o recurso que permite download de conteúdos para serem visualizados offline trouxe complicações legais para a Netflix. Recentemente, a empresa de streaming recebeu um processo de uma companhia chamada Blackbird Technologies, alegando que a funcionalidade apresentada em novembro quebra uma de suas patentes.
A parte mais intrigante na história é que a Blackbird não possui produtos com a tecnologia, apenas tem o registro de uma tecnologia com recurso de download de conteúdo semelhante ao produto da Netflix.
A companhia é conhecida como “troll de patentes”, já que não possui marcas, plataformas ou produtos lançados, apenas uma série de patentes ambíguas registradas e que podem ser utilizadas para processar grandes empresas de tecnologia. Além do Netflix, a Blackbird possui ações legais contra empresas como o Starz, Mubi, SoundCloud e Vimeo.
A patente utilizada no processo contra a Netflix foi registrada em novembro de 2000 e não traz apenas o recurso de download de conteúdo, mas também um sistema que grava o que foi baixado em um CD, além de enviar uma cópia por e-mail.
Netflix agora permite salvar conteúdos offline
no cartão MicroSD de smartphones Android
Levando em conta que a patente não tem tanta relação com o recurso que permite baixar séries e filmes em smartphones Android e iOS, talvez a Netflix não precise se preocupar com o processo da Blackbird.
Apesar de parecer uma perda de tempo para a empresa “troll de patentes”, alguns casos de pequenas tecnologias não registradas já renderam fortunas em processos, o que encoraja companhias como a Blackbird a continuarem atuando. No ano passado, por exemplo, a Apple teve que pagar US$ 3 milhões em multas por utilizar o recurso de “alerta de chamadas” e “silenciar toque” no iPhone, porque não licenciou a tecnologia com a MobileMedia Ideas LLC, empresa de patentes comandada pela Nokia e a Sony.
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