Facebook libera ferramenta que permite rastrear quem está roubando seu conteúdo

O Facebook colocou em operação uma ferramenta que permite rastrear quem está roubando seu conteúdo, oferecendo aos criadores um novo nível de proteção e transparência sobre como seus vídeos têm sido reutilizados na plataforma. A solução chega para tornar mais justo o ecossistema criativo e reduzir o impacto negativo de contas que repostam material sem autorização.

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Detecção e monitoramento automático do conteúdo

A novidade, batizada de Content Protection, monitora automaticamente os Reels publicados no Facebook e identifica quando eles são usados de forma total ou parcial por outras contas, seja na própria rede social ou no Instagram. Quando a ferramenta detecta uma correspondência, o criador recebe um alerta e pode decidir como agir em relação ao material encontrado.

Entre as opções disponíveis ao criador estão “track”, que mantém o conteúdo no ar e permite acompanhar dados de visualizações e engajamento, além de adicionar um selo indicando a autoria original. Também é possível bloquear a visibilidade do vídeo em ambas as plataformas, impedindo que outras pessoas assistam à repostagem não autorizada. Outra alternativa é liberar completamente a reivindicação e permitir que o repost continue sendo exibido.

Meta reforça proteção a criadores e combate a contas abusivas

Segundo a Meta, o sistema foi desenvolvido para garantir que o trabalho de criadores originais não seja ofuscado por perfis que se aproveitam de publicações virais. A companhia lembra que, só no último ano, removeu milhões de contas envolvidas em falsificação de identidade e comportamento de engajamento artificial, reforçando a prioridade dada à autenticidade e à originalidade.

A nova ferramenta só entra em ação quando o conteúdo original é postado no Facebook. Reels publicados apenas no Instagram não serão rastreados, a menos que sejam compartilhados com a função de envio simultâneo para o Facebook. A expectativa é que isso incentive mais criadores a priorizarem a publicação pela plataforma de Mark Zuckerberg.

Quem pode usar o Content Protection

O acesso ao Content Protection está sendo liberado automaticamente para criadores inscritos no programa de monetização do Facebook e que seguem critérios reforçados de integridade e originalidade. Usuários do Rights Manager também entram na lista, enquanto demais criadores podem solicitar acesso diretamente pela plataforma. A verificação pode ser feita pelo Feed, pelo painel profissional ou pelo perfil.

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O sistema utiliza a mesma tecnologia de correspondência do Rights Manager e aponta o percentual de similaridade entre o vídeo original e o reel copiado. A interface também exibe informações relevantes, como visualizações, número de seguidores da conta que republicou e se o conteúdo está sendo monetizado.

Como os criadores podem agir sobre o conteúdo detectado

Quando o sistema do Facebook identifica uma correspondência entre um Reel original e um conteúdo repostado, o criador passa a ter controle total sobre como lidar com o material detectado. A plataforma oferece três ações principais, cada uma com impacto diferente sobre a visibilidade do vídeo e sobre o acompanhamento de desempenho:

• Track (Acompanhar) — Mantém o Reel copiado visível para o público, porém permite que o criador acompanhe seus dados de desempenho, como visualizações e engajamento. Também é possível adicionar links de atribuição, exibindo um selo de “original” que direciona para o perfil, página ou, futuramente, para o Reel original.

• Block (Bloquear) — Impede que o Reel republicado seja exibido no Facebook e no Instagram, reduzindo sua distribuição de forma imediata. Essa opção não gera punições diretas para o perfil que repostou o conteúdo, para evitar uso abusivo da ferramenta.

• Release (Liberar) — Remove a reivindicação do criador sobre o Reel repostado e permite que o conteúdo permaneça visível sem acompanhamento. Ao optar por liberar, o vídeo deixa de aparecer no painel de correspondências do criador e não pode mais ser monitorado.

Medidas contra uso indevido da ferramenta

Para evitar abusos, o Facebook alerta que o mau uso da ferramenta — como tentativas de reivindicar vídeos que não pertencem ao criador — pode resultar em restrições e até na suspensão do acesso. Há ainda uma lista de permissões, na qual criadores podem adicionar contas confiáveis para evitar que repostagens autorizadas sejam sinalizadas automaticamente.

Com o rastreamento ativado por padrão, a Meta reforça que criadores passam a ter maior controle sobre a visibilidade de seu trabalho, podendo decidir em poucos segundos se desejam acompanhar, bloquear ou liberar o conteúdo encontrado. A empresa aposta que isso aumentará a exposição de publicações originais e reduzirá perdas de engajamento para agregadores e perfis que apenas replicam tendências.

Fonte: Meta