A polêmica envolvendo a popular rede TikTok e seus supostos riscos à segurança nacional continua ganhando destaque nos Estados Unidos. No último domingo, 26 o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, afirmou que irá avançar com uma lei mais restrita para “proteger” os americanos dos “tentáculos tecnológicos do Partido Comunista Chinês”.
A legislação citada pelo parlamentar proibiria a mídia social em todo o território do país e daria ao atual presidente, Joe Biden, o poder de bani-la do mercado. E o principal motivo para tocar o projeto com mais firmeza seria a falta de argumentos do CEO da plataforma, Shou Zi Crew, a respeito do vazamento de informações pessoais de perfis ao governo asiático.
It's very concerning that the CEO of TikTok can't be honest and admit what we already know to be true—China has access to TikTok user data.
— Kevin McCarthy (@SpeakerMcCarthy) March 26, 2023
The House will be moving forward with legislation to protect Americans from the technological tentacles of the Chinese Communist Party.
“É muito preocupante que o CEO do TikTok não possa ser honesto e admitir o que já sabemos ser verdade – que a China tem acesso aos dados de usuário”, escreveu McCarthy em uma postagem no Twitter. “A Câmara vai avançar com a legislação para proteger os americanos dos tentáculos tecnológicos do Partido Comunista Chinês”, acrescentou.
Na semana passada, Chew depôs perante o Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Deputados dos EUA em defesa da rede social. Entretanto, segundo o parlamentar, o diretor não convenceu os legisladores na audiência, que durou cinco horas.
O governo americano ainda chegou a dar um ‘ultimato’ para que a plataforma não fosse banida – nesse caso, a ByteDance, empresa proprietária, teria que vendê-la. No entanto, a proposta foi negada pela mesma.
Embora já tenha autorização para que os políticos sigam com o projeto na câmara, o banimento em si ainda não está confirmado.
Plataforma também foi banida na Europa e Oceania
Os Estados Unidos não são o único lugar onde o TikTok enfrenta problemas. A União Europeia e a Nova Zelândia também acreditam que o processo de coleta de dados pode trazer riscos à segurança nacional e, por isso, proibiram a utilização do aplicativo em celulares corporativos. Reino Unido, Bélgica e França foram outros a tomarem as mesmas medidas.
Mesmo com o alto número de usuários – cerca de 150 milhões apenas nos EUA e 61 milhões no Brasil – a rede corre sérios riscos de perder popularidade se seguir mal vista pelos governos, junto à crescente das tensões do Ocidente com a China – e sofrer novas restrições ao redor do mundo.
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