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EUA avançam com lei que bane TikTok no país: "Proteger dos tentáculos do Partido Comunista Chinês”

Presidente da Câmara dos Deputados ficou desapontado com argumentos de CEO da plataforma em audiência a respeito do vazamento de dados

EUA avançam com lei que bane TikTok no país: "Proteger dos tentáculos do Partido Comunista Chinês”
Créditos: Dado Ruvic/Reuters

A polêmica envolvendo a popular rede TikTok e seus supostos riscos à segurança nacional continua ganhando destaque nos Estados Unidos. No último domingo, 26 o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, afirmou que irá avançar com uma lei mais restrita para “proteger” os americanos dos “tentáculos tecnológicos do Partido Comunista Chinês”.

A legislação citada pelo parlamentar proibiria a mídia social em todo o território do país e daria ao atual presidente, Joe Biden, o poder de bani-la do mercado. E o principal motivo para tocar o projeto com mais firmeza seria a falta de argumentos do CEO da plataforma, Shou Zi Crew, a respeito do vazamento de informações pessoais de perfis ao governo asiático.

“É muito preocupante que o CEO do TikTok não possa ser honesto e admitir o que já sabemos ser verdade – que a China tem acesso aos dados de usuário”, escreveu McCarthy em uma postagem no Twitter. “A Câmara vai avançar com a legislação para proteger os americanos dos tentáculos tecnológicos do Partido Comunista Chinês”, acrescentou.

Na semana passada, Chew depôs perante o Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Deputados dos EUA em defesa da rede social. Entretanto, segundo o parlamentar, o diretor não convenceu os legisladores na audiência, que durou cinco horas.

O governo americano ainda chegou a dar um ‘ultimato’ para que a plataforma não fosse banida – nesse caso, a ByteDance, empresa proprietária, teria que vendê-la. No entanto, a proposta foi negada pela mesma.

Embora já tenha autorização para que os políticos sigam com o projeto na câmara, o banimento em si ainda não está confirmado.

Plataforma também foi banida na Europa e Oceania

Os Estados Unidos não são o único lugar onde o TikTok enfrenta problemas. A União Europeia e a Nova Zelândia também acreditam que o processo de coleta de dados pode trazer riscos à segurança nacional e, por isso, proibiram a utilização do aplicativo em celulares corporativos. Reino Unido, Bélgica e França foram outros a tomarem as mesmas medidas.

Mesmo com o alto número de usuários – cerca de 150 milhões apenas nos EUA e 61 milhões no Brasil – a rede corre sérios riscos de perder popularidade se seguir mal vista pelos governos, junto à crescente das tensões do Ocidente com a China – e sofrer novas restrições ao redor do mundo.

Via: The Jackson Star & Herald