As redes sociais Facebook e Instagram, da Meta, poderão oferecer uma opção paga sem anúncios para usuários na Europa, de acordo com um relatório do The Wall Street Journal. A empresa propôs aos reguladores europeus uma assinatura mensal que fornecerá uma experiência sem anúncios nas plataformas. Os usuários que não desejarem pagar a assinatura ainda poderão usar os aplicativos gratuitamente, mas concordarão em serem servidos com anúncios personalizados.
A Meta está propondo uma taxa mensal de cerca de 10 € (cerca de R$ 53,25) para usar uma conta do Facebook ou Instagram no desktop e cerca de 6 € (cerca de R$ 31,95) para cada conta vinculada adicional. No celular, o preço inicial saltaria para 13 € (cerca de R$ 69,23) para acomodar as comissões cobradas pelas lojas móveis da Apple e do Google no iOS e Android, respectivamente.
Os planos são rotulados como SNA (Subscription No Ads) e foram compartilhados com os reguladores de privacidade da UE para suas contribuições. Dependendo do feedback dessas autoridades regulatórias, a Meta planeja lançar esses planos nos próximos meses para usuários europeus.
A escolha ficaria com os usuários: pagar para usar o Instagram e o Facebook sem anúncios ou usar as plataformas gratuitamente, mas ter sua atividade rastreada para poder servir anúncios personalizados. Para usuários que não querem pagar e não querem se desfazer de seus dados, a escolha mais inteligente seria desativar sua conta do Facebook ou explorar plataformas alternativas.
Plano não estaria disponível em outras regiões
É improvável que esses planos estejam disponíveis em outras regiões, como os EUA. A proposta da Meta é lançada especificamente para contornar as demandas centradas na privacidade dos reguladores da UE. Os reguladores na Europa exigiram que serviços e plataformas busquem o consentimento do usuário antes de coletar dados para personalizar anúncios e dar a eles a opção de desativar.
Não está imediatamente claro se esses planos propostos atendem a todas as exigências dos regulamentos. No entanto, uma leitura preliminar da Lei dos Mercados Digitais da UE indicaria que um usuário que desativa deve ainda ter permissão para usar o serviço. A Meta está apostando em uma recente decisão do tribunal da UE que disse que as empresas de mídia social “poderiam cobrar uma taxa razoável” de usuários que se recusam a permitir que seus dados sejam usados para fins específicos de segmentação de anúncios.
Fonte: The Wall Street Journal
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