
Uma atualização recente do webOS, sistema operacional das TVs da LG, passou a incluir o aplicativo Microsoft Copilot de forma permanente em alguns modelos da marca.
A mudança ocorreu sem aviso prévio e chamou atenção de usuários ao redor do mundo, que perceberam o novo ícone na tela inicial logo após instalar o update. O detalhe que mais gerou reação foi simples e direto: o app aparece como pré-instalado e não pode ser desinstalado, apenas ocultado em certos casos.
Os primeiros relatos surgiram em fóruns como o Reddit e rapidamente chegaram a veículos internacionais. Testes independentes confirmaram a presença do Copilot em modelos como LG OLED de 2022 e LG UA8000 de 2023, indicando que a iniciativa não está restrita às TVs mais recentes.
Ainda assim, nem todos os aparelhos receberam o recurso, o que sugere uma liberação gradual ou condicionada a configurações específicas de privacidade e conta.
O que mudou com a atualização do webOS
De acordo com os relatos, o aplicativo do Copilot foi incorporado à interface após uma atualização do webOS, plataforma baseada em Linux que pertence à LG desde 2013.
Após o processo de atualização, o app surge automaticamente na tela inicial, ao lado de serviços de streaming como Netflix e Hulu, ocupando espaço fixo na interface.
O manual oficial da LG deixa claro o limite imposto ao usuário nesse tipo de situação. Segundo a documentação, aplicativos pré-instalados e de sistema não podem ser removidos, o que explica a ausência da opção de exclusão ou do ícone de lixeira ao selecionar o Copilot.
Em alguns modelos, é possível apenas escondê-lo do menu principal, sem eliminá-lo do sistema.
Uma estratégia anunciada, mas pouco detalhada
Durante a CES 2025, a LG já havia sinalizado que integraria recursos do Copilot às suas TVs, apresentando a proposta de uma AI Search baseada na tecnologia da Microsoft.
Na ocasião, a empresa explicou que a missão era se tornar uma referência em televisores com recursos de inteligência artificial, inclusive rebatizando o controle remoto como AI Remote e ampliando o uso do termo “AI” em diversas funções do sistema.
Em comunicado apresentado no evento, a LG afirmou que o Copilot ajudaria usuários a “organizar informações complexas e encontrar conteúdos de forma contextual”.
O discurso agora reaparece no centro da discussão, já que muitos consumidores questionam qual seria, na prática, o papel de um chatbot desse tipo em uma TV doméstica.
Você não pode deletar aplicativos pré-instalados ou apps de sistema na sua Smart TV, por isso a opção de lixeira não aparece ao selecionar esses aplicativos
Reação dos usuários e desgaste da experiência
A inclusão obrigatória do Copilot gerou desconforto principalmente por dois motivos. O primeiro é a ausência de escolha, já que o app foi instalado automaticamente.
O segundo envolve a percepção pública em torno de assistentes de IA, que ainda enfrentam resistência por parte de consumidores que veem essas ferramentas como invasivas ou pouco úteis no cotidiano.
Em fóruns e redes sociais, muitos usuários descrevem o Copilot como um “ícone permanente” que altera a organização da interface sem trazer benefícios claros. Outros levantam dúvidas sobre coleta de dados, mesmo sem evidências públicas de mudanças nesse aspecto específicas da TV.

Tendência global
Apesar da reação negativa, a LG está longe de ser a única fabricante a apostar em inteligência artificial integrada por padrão.
Modelos recentes da TCL já trazem o Google Gemini embutido, enquanto a Samsung confirmou planos de suporte ao Copilot e vê o Perplexity se aproximar de seu ecossistema de TVs. A diferença, até aqui, é o grau de visibilidade e imposição desses recursos na interface principal.
Relatos do The Verge apontam que os modelos mais novos da LG chegam ao mercado com uma série de funções rebatizadas como AI Picture Pro, AI Sound Pro e até um chatbot interno, ampliando ainda mais a presença desse tipo de tecnologia na experiência de uso diário.
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Quando a atualização vira decisão irreversível
O episódio expõe uma questão sensível do mercado de smart TVs: quem controla a experiência após a compra.
Atualizações de software são importantes para segurança e novos recursos, mas também podem alterar profundamente o produto sem consentimento explícito. No caso do Copilot, a discussão deixa de ser apenas sobre inteligência artificial e passa a envolver autonomia do usuário, transparência e limites do pós-venda.
Ao inserir um aplicativo permanente em aparelhos já vendidos, a LG se junta a um movimento mais amplo da indústria, no qual o hardware se torna apenas a base para decisões contínuas de software.
O impacto real dessa escolha ainda será medido, mas a reação inicial mostra que, quando a tecnologia chega sem convite, ela tende a ser vista menos como inovação e mais como imposição.
Fonte: Reddit
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