Nilton Kleina 
O processo de desligamento da conectividade móvel brasileira nos padrões 2G e 3G vai começar oficialmente. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por meio da Superintendência de Outorga e Recursos, lançou uma etapa inicial que vai culminar no fim do suporte para essa tecnologia no país.
A medida da Anatel é a chamada tomada de subsídios, que foi lançada nesta terça-feira (3) para ouvir sugestões de representantes do mercado e da sociedade antes de tomar uma decisão, inclusive para decidir quais serão as ações e medidas a serem realizadas por todos os agentes envolvidos — incluindo operadoras e fabricantes, além de órgãos do governo
A ideia original foi encaminhada por uma organização que representa as operadoras de telefonia celular no Brasil, a Conexis.
Vai demorar
Segundo o documento, publicado no Diário Oficial da União, o objetivo do projeto é a “transição tecnológica dos padrões 2G e 3G para os padrões 4G e 5G”. A agência argumenta que essa é uma medida necessária “para atender às demandas de novas aplicações e modelos de negócios” e “beneficiar diretamente os consumidores, os diversos setores econômicos e a indústria”.
Como argumentos, a agência indica que a maior parte dos acessos móveis realizados atualmente são da conectividade 4G, enquanto a tecnologia 5G está em constante expansão e tende a se consolidar cada vez mais.
A quinta geração de internet móvel ainda está em fases consideradas iniciais de implementação, já que há uma grande quantidade de municípios no país sem o sinal. A expectativa é que a ultrapassagem do 4G em quantidade de acessos ocorra apenas em 2029.
Um dos principais motivos técnicos para o início do desligamento é a ocupação de parte do espectro pelas tecnologias mais obsoletas, que são cada vez menos utilizadas e dividem lugar com os padrões modernos e outros equipamentos de transmissão.
Por enquanto, não há qualquer previsão para o desligamento das redes 2G e 3G no país. O texto completo da tomada de subsídio sobre a transição tecnológica pode ser lido no site da própria Anatel.
Fonte: TeleTime
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