A Xiaomi, fabricante chinesa de smartphones, registrou uma queda brusca de 66,05 bilhões de yuans (R$ 50,46 bilhões) em sua receita do quarto trimestre fiscal de 2022, que representa uma decrescente de 22,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O mau resultado é atribuído à desaceleração no consumo causada pelas longas restrições da Covid-19 na China.
A economia do país tem dado sinais de recuperação lenta. Apesar do relaxamento de algumas medidas, os consumidores seguem cautelosos em gastar seu dinheiro. O presidente do grupo Xiaomi, Lu Weibing, afirmou em teleconferência de apresentação do balanço comercial que a indústria de eletrônicos está dando os primeiros sinais de recuperação, mas reforça que ainda levará um tempo para a volta total.
As vendas de smartphones na China sofreram uma queda no geral em 2022, mais especificamente de 14% em relação ao último ano, e todas as principais marcas sofreram o mesmo baque. A Xiaomi experimentou o pior cenário e viu suas comercializações caindo em 37%, segundo dados da Canalys, empresa analista de marketing.
Perda de espaço em países importantes para a empresa
A Índia, maior mercado externo da marca e o segundo maior global de smartphones, também trouxe problemas, já que viu a rival sul-coreana Samsung a ultrapassar e ser estabelecer como a líder no quarto trimestre.
A Xioami enfrenta também a crescente preferência do consumidor por aparelhos de última geração e pode ter problemas com novas investigações das autoridades indianas por preocupações de segurança nacional com aplicativos pré-instalados.
Apesar dos desafios enfrentados pela gigante chinesa, ela está expandindo seus mercados e agora foca também em veículos elétricos. Ela já disse que está no caminho de atingir a meta de produzir em massa seus carros no primeiro semestre de 2024.
Não somente isso, a marca também está investindo em outras áreas de tecnologia, como dispositivos de IoT (Internet das coisas), inteligência artificial e computação em nuvem, para diversificar seus negócios, aumentar sua receita e se recuperar do prejuízo do último ano.
Via: Reuters
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