O CEO do YouTube Music, Neal Mohan, afirmou que a plataforma estará aplicando algumas regras para a inclusão de músicas criadas por inteligência artificial e estudará, junto às gravadoras, como elas devem ser tratadas neste cenário. Uma parceria foi fechada com a Universal Music Group para trazer a “YouTube Music AI Incubator” – qual tem como proposta aliar a criatividade com a responsabilidade para a tecnologia.
De acordo com Mohan, eles trabalharão com três princípios básicos. “Aprimorar a expressão criativa única enquanto protege os artistas musicais e a integridade de seu trabalho”. Ou seja, pode ser divertido para algumas pessoas ver vídeos nas redes sociais com o Chorão, do Charlie Brown Jr., cantando músicas de outros artistas, mas isso não será monetizado nem poderá entrar diretamente no streaming de música.
Essa incubadora formada pelo YouTube Music e pela Universal Music Group contará com o apoio de diversos artistas para compreenderem melhor a proposta e entenderem como será o mercado com esta tecnologia. Anitta, Björn Ulvaeus (ABBA), Max Richter, Ryab Tedder e diversos outros serão consultados e ajudarão a ampliar a visão de experimentos em IA generativa – para fins de pesquisa.
As prioridades do YouTube Music
Vale notar que outra proposta do YouTube é dobrar suas atenções aos direitos autorais, enquanto vai abrir caminho e oportunidade para os parceiros musicais que decidirem participar desta nova fase. “Continuaremos investindo em tecnologia baseada em inteligência artificial que ajude a proteger a comunidade de criadores, artistas, compositores e até de quem visualizará – de identidade para o conteúdo para políticas e detecção de sistemas que reforcem a segurança de nossa plataforma nos bastidores”.
Neal Mohan acredita que esta será uma nova era para a produção auditiva. “Passamos anos investindo em políticas, confiança e equipes de segurança que ajudaram a proteger a comunidade do YouTube e vamos aplicar os mesmos padrões para o conteúdo gerado por IA. Um exemplo é nossa política de proibir certos conteúdos manipulados tecnicamente. Porém, agora, o potencial sem limites da inteligência artificial generativa demanda uma aproximação mais estratégica, que mapeará os limites expansivos da expressão criativa”.
Fonte: BGR
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