Cientistas do Departamento de Energia da Universidade da Califórnia em Berkeley descobriram que nanobarras de dióxido de vanádio (VO2) podem conduzir eletricidade sem conduzir calor.
Isso faz com que ele seja uma exceção da Lei de Wiedemann–Franz, que estabelece um relação entre a condutividade elétrica e a temperatura de metais. Basicamente, ela diz que quanto mais energia um metal consegue conduzir, mais calor ele também vai conduzir.
Isso se deve ao fator de condutividade térmica dos elétrons do dióxido de vanádio, que é 10 vezes menor do que seria esperado segundo as equações da lei.
Segundo os cientistas, isso acontece porque os elétrons se movem num uníssono, como se fossem um fluido. Normalmente, as partículas se movimentam de maneira mais individual na grande maioria dos metais.
Na foto, os cientistas Junqiao Wu, Fan Yang, and Changhyun Ko estão trabalhando num instrumento espectroscópio
Esse movimento quase que coordenado acaba impedindo a transferência de calor de acontecer de maneira eficiente, mas não impede a eletricidade de se mover.
Logicamente, essa novidade pode ter um impacto muito grande em dispositivos móveis e gadgets no futuro, assim como em várias necessidades de engenharia.
O composto ainda pode ser útil na conversão de calor em energia. Isso poderia resultar até mesmo em smartphones que converteriam o excesso de calor de sua bateria e do seu processador em energia utilizável. No final das contas, isso aumentaria a duração de bateria dos dispositivos.
- Categorias
- Tags