Índice do Artigo

Quatro décadas depois

Windows 1 completa 40 anos

Reviva a estreia do sistema que mudou o PC moderno e veja como suas ideias originaram a era da IA no desktop.

Windows 1 completa 40 anos
Créditos: Reprodução/Nano Banana Pro

O Windows 1 chegou aos seus 40 aninhos de existência, um verdadeiro abrir de mar do ponto de vista decisivo da história da computação pessoal.

Lançado em 20 de novembro de 1985, o sistema da Microsoft inaugurou a filosofia de navegação por janelas sobre o MS-DOS e iniciou uma das linhas de software mais influentes da tecnologia moderna.

Reprodução/Microsoft

Começo modesto que virou referência

No anúncio original, o Windows 1 foi apresentado como uma interface gráfica que rodava sobre o DOS, permitindo organizar tarefas e programas de forma mais visual.

A plataforma funcionava em máquinas com Intel 8088, 256 KB de RAM, dois drives de disquete e um monitor compatível com CGA, EGA ou Hércules.

Reprodução/Mundo Conectado

Documentos da época indicam que o software chegou às lojas por US$ 99, valor que hoje equivaleria a aproximadamente US$ 289 após correção inflacionária. Para muitos usuários dos anos 80, o sistema parecia mais um experimento do que um produto pronto.

Um ex-representante da própria Microsoft chegou a classificá-lo como “quase uma demonstração”, expressão que circulou internamente e acabou descrita por veículos que cobriram o lançamento da versão 2.0.

Linha do tempo: a evolução do Windows

Abaixo, confira os principais anúncios da plataforma ao longo das quatro décadas:

VersãoData de lançamentoMarco histórico e impacto técnico
Windows 1.020/11/1985Primeira interface gráfica da Microsoft sobre o MS-DOS. Introduziu janelas organizáveis, mouse e aplicativos básicos como Clock, Paint, Write e Notepad.
Windows 2.009/12/1987Estreou janelas sobrepostas, atalhos de teclado e suporte ao processador Intel 286. Popularizou programas como o Excel e o Word.
Windows 3.022/05/1990Primeiro grande sucesso comercial. Trouxe interface aprimorada, multitarefa cooperativa e melhor desempenho em máquinas com 386.
Windows 3.106/04/1992Introduziu fontes TrueType e consolidou o padrão visual que dominou o início dos anos 90. Tornou o Windows mais atraente para uso corporativo.
Windows 9524/08/1995Grande divisor de águas. Estreou o Menu Iniciar, a barra de tarefas e o modelo plug and play. Marcou a transição em massa do MS-DOS para uma interface moderna.
Windows 9825/06/1998Melhor integração com a internet, suporte a USB e maior estabilidade. Foi adotado em larga escala em PCs domésticos.
Windows Me14/09/2000Voltado ao consumidor comum. Ampliou recursos multimídia, mas ficou lembrado por instabilidades. Último a usar a base 9x.
Windows 200017/02/2000Voltado ao mercado corporativo. Trouxe grande robustez, Active Directory e kernel NT amadurecido.
Windows XP25/10/2001Um dos sistemas mais longevos da Microsoft. Kernel NT para consumo, interface Luna e grande estabilidade. Recebeu suporte oficial por 13 anos.
Windows Vista30/01/2007Reformulou completamente a interface com o Aero Glass e introduziu UAC e novos modelos de driver. Exigências de hardware altas limitaram a adoção.
Windows 722/10/2009Reescreveu a experiência do Vista com desempenho superior. Tornou-se uma das versões mais populares da história da Microsoft.
Windows 826/10/2012Apostou numa interface híbrida para tablets e PCs, adotando o conceito de tiles. Recepção dividida por remover o Menu Iniciar.
Windows 8.117/10/2013Ajustou a experiência do Windows 8, reintroduziu elementos de navegação clássicos e melhorou recursos touch.
Windows 1029/07/2015Unificação do ecossistema Windows em PCs, tablets, Xbox e IoT. Introduziu o modelo de atualização contínua, com o sistema sendo tratado como serviço.
Windows 1105/10/2021Primeira versão a priorizar requisitos modernos como TPM 2.0. Adotou visual renovado, barra centralizada e passou a incorporar IA nativa com o Copilot.
Windows 12 (esperado)A definirDeve aprofundar a integração com IA local, modelos rodando em NPU e automação avançada em tempo real para tarefas do sistema.

Olhando para trás, é possível ver como o sistema acompanhou o avanço do PC, indo de um ambiente baseado em janelas simples até versões capazes de lidar com multitarefa avançada, redes globais e segurança de hardware dedicada.

Reprodução/Mundo Conectado

IA muda o rumo do sistema operacional

A distância entre o Windows 10 e o Windows 11 chama atenção, já que versões anteriores surgiam em intervalos menores. A Microsoft passou a priorizar um desenvolvimento contínuo, com atualizações anuais e recursos incrementais.

O Windows 11 alterou essa dinâmica ao incorporar recursos de inteligência artificial integrados ao desktop, como o Copilot+ e agentes contextuais. Ass ferramentas se tornaram a próxima aposta estratégica da empresa no ecossistema PC.

Engenheiros da companhia vêm repetindo que a IA tende a redefinir a interface, os fluxos de trabalho e a forma como o sistema interage com o usuário, apontando para um futuro em que o sistema operacional deixa de ser uma camada neutra e passa a agir como assistente ativo.

A reatividade do público sobre a IA

Parte dos usuários argumenta que o sistema passou a priorizar recursos automáticos em vez de aprimorar estabilidade, privacidade e desempenho, especialmente após a chegada de funções como o Copilot e os agentes contextuais.

A discussão ganhou força quando Mustafa Suleyman, atual líder da divisão de IA da Microsoft, comentou nas redes sociais que se surpreendia com a falta de entusiasmo de algumas pessoas diante dos avanços recentes.

É curioso ver tanta gente cética. Quando penso que cresci jogando Snake em um celular antigo e hoje conseguimos conversar com uma IA que entende contexto e cria imagens e vídeos em segundos, fico impressionado. Não entendo como alguém pode achar isso pouco

Mustafa Suleyman, líder da divisão de IA da Microsoft

A fala gerou reação imediata entre profissionais de tecnologia, que apontaram um descompasso entre a visão da liderança e a experiência cotidiana do usuário comum. Para muitos, a questão não está na inovação em si, mas em como essas funções são implementadas, ativadas e controladas dentro do sistema.

Além disso, especialistas em segurança já haviam alertado para os riscos de recursos como o Windows Recall, que registrava imagens periódicas da tela para permitir busca por atividades anteriores. Críticas sobre privacidade e possibilidade de acesso indevido levaram a empresa a rever o recurso antes de seu lançamento efetivo.

Em paralelo, usuários relatam que algumas funções de IA ainda entregam resultados inconsistentes, exigindo supervisão humana constante.

Para eles, o desafio da Microsoft passa por ajustar expectativas, melhorar o desempenho real dessas ferramentas e assegurar que a automação sirva como auxílio prático, não como uma camada obrigatória que interfere no fluxo de trabalho.

Leia também:

O que o aniversário representa para o futuro do PC

Quatro décadas após sua primeira versão, o Windows continua como o sistema dominante no desktop e ainda influencia a forma como hardware, softwares corporativos e aplicações domésticas são projetados.

O aniversário do Windows 1 mostra como conceitos de interface criados em 1985 permanecem presentes, mesmo que hoje convivam com camadas de IA, automação e processamento dedicado.

Com o mercado se movendo para máquinas capazes de executar modelos de linguagem localmente, o Windows 12 e as próximas versões deverão se apoiar nesse histórico enquanto tentam reinterpretar o computador pessoal para a era dos assistentes generativos.

Fonte: Microsoft

Participe do grupo de ofertas do Mundo Conectado

Participe do grupo de ofertas do Mundo Conectado

Confira as principais ofertas de Smartphones, TVs e outros eletrônicos que encontramos pela internet. Ao participar do nosso grupo, você recebe promoções diariamente e tem acesso antecipado a cupons de desconto.

Entre no grupo e aproveite as promoções