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Nokia anuncia demissão de até 14 mil funcionários globalmente

Reestruturação será feita por queda no lucro e desaceleação na adoção do 5G.

Nokia anuncia demissão de até 14 mil funcionários globalmente
Créditos: Divulgação/Nokia

A fabricante finlandesa Nokia é mais uma empresa a anunciar demissões em massa na indústria da tecnologia, seguindo uma tendência no mercado global que parece não ter data para terminar.

A companhia anunciou nesta quinta-feira (19) o desligamento de cerca de 14 mil funcionários. A ideia da marca é reduzir a força de trabalho atual, que é composta por 86 mil pessoas, para um número em torno de 72 mil a 77 mil colaboradores.

Segundo o comunicado oficial, o layoff é parte de um plano amplo de reestruturação, que inclui ainda corte de custos. O objetivo da marca é economizar até 1,2 bilhão de euros até 2026 en relação ao orçamento atual.

“As decisões de negócios mais difíceis que devem ser feitas são aquelas que impactam nosso pessoal. Nós temos funcionários imensamente talentosos aqui na Nokia e vamos apoiar todos que forem afetados por esse processo”

Pekka Lundmark, CEO da Nokia

Os setores mais afetados não foram divulgados, mas a ideia da empresa é preservar ao máximo as equipes de pesquisa e desenvolvimento.

A fase ruim da Nokia

A demissão em massa foi confirmada pouco depois da divulgação dos resultados financeiros da empresa para o terceiro trimestre de 2023 — que, de forma geral, ficaram bem abaixo do esperado por ela e pelos investidores.

Ao todo, as vendas caíram 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O setor de infraestrutura móvel foi um dos que mais impactaram negativamente o desempenho da gigante finlandesa, em especial pela desaceleração na implementação do 5G nos Estados Unidos e na Índia. Esses países tiveram uma demanda acima da média em 2022, mas agora o ritmo retornou ao normal.

Além disso, a inflação global e o clima de incertezas e desafios do mercado — que têm feito até o comércio de smartphones cair —também contribuíram para a queda na performance.

A empresa, que mudou recentemente a logo icônica depois de décadas com a mesma identidade visual, espera crescer como fornecedora de soluções em inteligência artificial (IA) e computação na nuvem.

Vale lembrar que esses números não incluem os smartphones da Nokia que são lançados no mercado há alguns anos, como o recente Nokia G42: a responsabilidade deles é da HMD Global, que apenas licencia a marca e o nome da empresa europeia que dominou o mercado de celulares até o começo dos anos 2000.

Fonte: Nokia