Operadoras que oferecem planos de dados móveis para celulares no Brasil avançaram nas discussões sobre o possível fim da oferta de redes sociais e mensageiros de graça ao consumidor.
O caso já é estudado há algum tempo pelas empresas, mas foi atualizado pelo presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, que é a companhia responsável pela Vivo. Segundo ele, o setor está preocupado com a situação atual da estrutura desse serviço.
O problema seria o crescimento no consumo de dados de consumidores de internet móvel, tanto pelo acesso liberado a redes sociais (como X/Twitter, Facebook, Instagram, TikTok) e mensageiros (em especial o WhatsApp) quanto pela adoção gradual da tecnologia do 5G.
As redes sociais no celular vão mudar?
“Estamos, sim, avaliando, qual o impacto. Existe uma preocupação do setor se essa gratuidade está sendo benéfica para o próprio consumidor. No fim, não se está conseguindo dar a resposta de cobertura que se quer dar”, afirmou o executivo em entrevista coletiva, segundo o Estadão.
Além de temer que o consumo de dados sem custos impacte no fornecimento da internet móvel como um todo, as operadoras também sentem essa estratégia no bolso, já que isso reduz um eventual faturamento na contratação de planos com maior limite de dados para consumo dessas plataformas.
Segundo Gerbara, o tráfego de dados globalmente já subiu até 30% e são poucas as empresas de tecnologia donas dos serviços que mais mobilizam esse consumo. A ideia seria que elas mesmas pagassem pelo uso das redes, mas essa proposta é complexa e dificilmente entraria em vigor no curto prazo.
Outro motivo apontado pelo executivo para acabar com a gratuidade de uso das redes em planos móveis é usar essa verba para outros serviços, como ampliar a cobertura de sinal e levar a internet para regiões ainda pouco e nada atendidas.
Até o momento, não há uma nova decisão das operadoras brasileiras sobre o assunto. Executivos de outras companhias da área, como TIM e Claro, não se manifestaram recentemente.
Fonte: Estadão
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