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O vinil venceu

Venda de discos de vinil é maior que a de CDs pelo segundo ano consecutivo

Pesquisas indicam que mídias físicas são nicho, mas estão crescendo entre fãs de música

Venda de discos de vinil é maior que a de CDs pelo segundo ano consecutivo
Créditos: Freepik.com/jcomp

O consumo de músicas em mídias físicas ainda vive e passa por um curioso período de mudanças. O CD, que por anos foi o líder absoluto dessa categoria, está perdendo cada vez mais espaço para o seu próprio antecessor.

De acordo com o relatório anual mais recente da Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), a comercialização de discos de vinil nos Estados Unidos superou a de CDs pelo segundo ano seguido. Os números de 2023 marcam a continuidade de uma ascensão dos formatos EP e LP, que ganhou tração em especial desde 2021.

Fonte da imagem: Reprodução/RIAA

Ao todo, a receita gerada por discos de vinil foi de US$ 1,9 bilhão em 2023 — um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Esse formato hoje é muito mais visado por colecionadores, tanto pela raridade quanto pela qualidade do áudio, que é a preferida por vários entusiastas.

A comercialização de CDs até registrou um aumento de receita também, mas ficou atrás tanto em renda quanto em quantidade de unidades vendidas.

Discos de vinil venderam 43 milhões de unidades no país no ano passado, contra 37 milhões de CDs. Ainda assim, hoje eles são considerados produtos de nicho: o streaming também está em alta e foi responsável nos EUA por 84% da receita da indústria da música, contra 11% das mídias físicas.

Situação de mídias físicas no Brasil é similar

A Pro-Música Brasil, entidade que reúne produtores fonográficos no país, também divulgou recentemente um relatório com detalhes da receita desse setor no país.

De acordo com o estudo, o mercado fonográfico nacional cresceu em valores totais (13,4%) em relação ao ano anterior. As receitas geradas por plataformas de streaming de música, como o Spotify, também foram as principais responsáveis por esse crescimento.

Fonte da imagem: Reprodução/Pro-Musica Brasil

Além disso, esse foi o primeiro ano no Brasil em que a venda de discos ultrapassou a de CDs e virou o formato físico mais popular do mercado nacional. Eles alcançaram R$ 11 milhões de receita em 2023, em uma alta de 136,2%.

Fontes: RIAA, Pro-Música Brasil